A Secretaria da Pesca e Aquicultura do Tocantins (Sepea) reuniu integrantes dos setores público, privado e do sistema “S” para uma conversa sobre os “Elos da Cadeia Produtiva da Piscicultura”. Além dos especialistas, também estiveram presentes produtores de peixe, estudantes e demais interessados no tema. A mesa redonda ocorreu na tarde desta sexta-feira, 14, na Feira Agrotecnológica da Região Sudeste do Tocantins (Agrosudeste), no município de Almas.
O secretário executivo da Câmara Setorial de Piscicultura do Tocantins, Thiago Tardivo, fez a mediação das discussões e também representou a secretária da Pesca e Aquicultura, Miyuki Hyashida. “A região Sudeste é a maior produtora de peixes do Estado, mas caiu bastante em virtude de problemas ligados aos sistemas de produção”, avaliou Tardivo, acrescentando que a mesa redonda teve como objetivo levantar novamente a piscicultura na região e mostrar a importância que o Governo do Estado dá a esse segmento econômico.
A isenção de impostos estaduais para os frigoríficos de peixes foi um dos pontos debatidos. Segundo o sócio-diretor do Frigorífico Piracema, Valteir Valadares, as empresas que trabalham com o abate servem como um tipo de “termômetro” para os produtores de peixes. “Às vezes, as pessoas querem investir no negócio, mas se sentem inseguros se os frigoríficos estão devagar”, disse. O empresário afirmou também que um dos principais gargalos do ramo é a questão dos impostos.
O Governo do Tocantins beneficiou os frigoríficos de peixes durante o atual ciclo fiscal, que vence em 2024. O receito dos empresários é que a isenção não seja renovada para os próximos anos. Quanto a isso, o secretário executivo da Secretaria de Indústria e Comércio do Tocantins, Milton Neris, enfatizou que o Governo tem compromisso e diálogo aberto com os produtores aquícolas. Portanto, a manutenção da isenção fiscal vai ser discutida com o setor.
O produtor de alevinos e idealizador do projeto Piratinga, Auri Hudson, falou sobre a sua vasta experiência na piscicultura. Ele iniciou suas atividades no município de Almas no ano de 2011 e optou por direcionar seus esforços para atender os pequenos produtores da região. “Já são mais de 11 anos de parceria com os pequenos e isso tem dado muito certo. Também fazemos a parte social, com a doação de 10 mil alevinos por ano para as comunidades quilombola”, disse o produtor.
Elos da Cadeia Produtiva
A cadeia produtiva da piscicultura é composta, basicamente, por cinco componentes ou elos: insumos (alevinos/juvenis, ração, equipamentos), produção (licenciamento ambiental, crédito, sistemas produtivos), processamento (acondicionamento), distribuição (para os hipermercados, feiras, restaurantes, etc) e consumo (preço, qualidade, origem, etc).
Também participaram da mesa redonda o diretor de assistência técnica do Senar-TO, Fabrício Ramos Vasconselos; a pesquisadora da Embrapa Pesca e Aquicultura, Flávia Tavares; o vice-presidente do Naturatins, José Aníbal Lamattina; o representante da empresa Socil, João Paulo; a proprietária da empresa IKGAI Piscicultura, Marise Suzuki; e o representante da empresa Ateck, Allan Emílio.
Deixe o Seu Comentário