O domingo, 27, foi dia de homenagear uma das expressões artísticas mais tradicionais da humanidade, em comemoração ao Dia Mundial do Teatro, o curso de teatro do Centro de Ensino e Treinamento Artístico (Ceta) realizou um ‘Aulão livre’ ainda pela manhã, na Grande Praça do Espaço Cultural José Gomes Sobrinho. Já o Cine Cultura recebeu a estreia do documentário ‘Catarse’, que retrata os 30 anos da cena teatral de Palmas.
Um encontro informal de gente que gosta de arte, o ‘Aulão livre de teatro’ foi mediado pela professora Dalila Cristine e reuniu turmas do curso de teatro e convidados para ensaiar técnicas e compartilhar experiências, como o ator e professor de teatro, Artur Paião, que falou sobre a importância de proporcionar o acesso a esta linguagem artística. “ Esse momento especial é muito importante, por sair dos espaços formais e fomentar a arte e a cultura. A gente vir para um espaço ao ar livre para uma oficina é uma proposta diferente que ajuda a acender a chama em quem gosta do teatro”, afirmou.
“Para mim o teatro alcança as pessoas de uma forma que as torna mais sensíveis, respeitosas, além de contribuir com a formação de pessoas menos preconceituosas, mais tolerantes e com uma visão reflexiva sobre à vida. Além dessa arte potencializar as habilidades que o indivíduo já possui. Acredito que comemorar o Dia Mundial do Teatro com meus alunos e seus convidados é uma forma de apoiar o papel fundamental da arte no combate ao preconceito e à discriminação em todas as suas formas”, ressaltou a professora Dalila Cristine.
Catarse
As comemorações se estenderam com o lançamento do documentário ‘Catarse’, também no domingo, 27, às 19h30, no Cine Cultura. O filme, que registra a história das três primeiras décadas de produção teatral em Palmas, é uma produção da Fábrica Produções e do Grupo Um Ponto Dois de Teatro com recursos do Edital 018 da Aldir Blanc- Fundação Cultural de Palmas (FCP).
O documentário reúne depoimentos de atores, atrizes, diretores, dramaturgos e técnicos das artes cênicas da Capital que contam um pouco de sua trajetória e das produções, grupos e bastidores da cena. São narrativas desde os primeiros grupos, companhias e coletivos que proporcionaram ao público da capital tocantinense momentos de encontro com a arte teatral.
Neste contexto, foram resgatadas histórias de grupos e companhias pioneiras como a Chama Viva, Teatro Livre de Palmas e A Barraca Cia de Artes, até os mais recentes, como o Grupo Um Ponto Dois de Teatro, Cenaberta, Agulha Cenas, Circo Os Kaco, Lamira e outros. O projeto realizou levantamento de dados sobre o teatro produzido de 1989 a 2019 na Capital e através de entrevistas ao longo do último semestre.
Para Kaká Nogueira, presidente da Federação Tocantinense de Artes Cênicas (Fetac) e um dos entrevistados do projeto, o documentário vem desempenhando um papel fundamental para a história da Capital e da arte teatral produzida na região Norte do Brasil. “Em meio a tantos acontecimentos dos últimos anos, o registro deste material é uma maneira justa de reconhecimento aos artistas que construíram a cena teatral local, mostrando a qualidade técnica nos produtos artísticos produzidos pelos talentos da nossa região”.
Deixe o Seu Comentário