Após mais de 14 horas de julgamento, o tribunal do júri condenou o médico Álvaro Ferreira a pena de 21 anos, 4 meses e 15 dias de prisão em regime inicialmente fechado pela morte da sua ex-mulher, professora Danielle Lustosa por homicídio qualificado tipificado no Artigo 121 do Código Penal. Crime ocorrido em 18 de dezembro de 2017, o corpo da vítima foi encontrado na casa dela com marcas de estrangulamento.
O julgamento começou por volta de 9h desta sexta-feira (1º) no salão do tribunal do júri popular na sede do Fórum de Palmas. Álvaro Ferreira foi denunciado por feminicídio com agravantes pelo crime ter sido cometido por motivo torpe, com emprego de asfixia e dificultando a defesa da vítima. A determinação de que o caso seria levado ao júri popular saiu ainda em 2019, mas a data só foi marcada no fim do ano passado.
Na sessão de julgamento, o Conselho de Sentença acatou integralmente as teses de acusação do Ministério Público do Tocantins (MPTO), reconhecendo as quatro qualificadoras do crime: motivo torpe, emprego da asfixia, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Álvaro Ferreira deverá cumprir sua pena em regime inicialmente fechado.
A acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça André Ramos Varanda. Conforme ele narrou, o réu cometeu o crime motivado por sentimento de vingança, pelo fato de Danielle ter denunciado a violação de uma medida protetiva imposta contra ele, uma vez que, na data anterior ao assassinato, Álvaro a agrediu e tentou esganá-la.
A decisão dos jurados foi lida pelo juiz Drº Cledson José Dias Nunes, por volta das 22h30, desta sexta-feira (1º). Familiares da professora Danielle Lustosa assistiram ao julgamento e ficaram satisfeitos com a decisão dos jurados.
Na sessão de julgamento, depoimento de diversas testemunhas, incluindo uma ex-mulher e uma filha do réu, confirmaram a periculosidade de Álvaro Ferreira, consistente em um temperamento constantemente violento e agressivo.
Nossa equipe tenta contato com a defesa do médico para comentar o assunto, porém, até a publicação dessa reportagem, nosso departamento de jornalismo não havia conseguido falar com o advogado de defesa.
Deixe o Seu Comentário